quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Pedagogo na Educação Corporativa

A partir desse cenário que se justifica o surgimento da Educação Corporativa, do Pedagogo Empresarial, das Universidades Corporativas e das novas tecnologias aliadas ao conhecimento, como um meio de "qualificar" o empregado, visando atender às exigências, às especificidades de sua função e ao desenvolvimento da empresa e, conseqüentemente, ao aumento de sua competitividade, uma vez que os meios de educação convencionais não oferecem essas ferramentas.

Essas mudanças exigem dos trabalhadores demandas totalmente novas, exigindo o domínio de funções e qualificações totalmente novas.

Dessa forma, o sucesso dos negócios está diretamente relacionado à capacidade da instituição em repensar suas práticas e reformular-se para responder aos anseios e demandas do mercado globalizado. (RICARDO, 2007, p.7)

A partir desse conceito, pode-se entender as competências que são bases da capacidade de empregabilidade do individuo. Segundo Meister (1999, p.13) são elas:

1. Aprender a aprender;
2. Comunicação e colaboração;
3. Raciocínio criativo e resolução de problemas;
4. Conhecimento tecnológico;
5. Conhecimento de negócios globais;
6. Desenvolvimento de liderança;
7. Autogerenciamento da carreira.

A partir da necessidade de desenvolvimento dessas competências básicas, é que se justifica a necessidade de formular programas educacionais de qualidade, de alcance universal dentro da empresa, ou seja, que vá do aumento da produtividade do simples operário até o mais alto nível hierárquico para o desenvolvimento organizacional. Essas iniciativas são estruturadas pelo pedagogo e realizadas através das UC?s que permitem o exercício dessas ações de desenvolvimento aumentando a possibilidade da empresa em atender as demandas do mercado.
Porém, não se deve pensar em Universidade Corporativa como uma forma completa de aprendizagem, pois ela visa atender apenas às exigências de mercado, acabando por excluir uma parcela da sociedade que não se adequa a esse novo cenário de constantes mudanças em que a exigência pelo desenvolvimento de competências e qualificações torna-se cada vez maior e o conceito de empregabilidade consiste no advento do maior número de capital cultural institucionalizado "sob forma de ações provisórias, reconhecíveis, mensuráveis e, por isso, certificáveis". (LOMBARDI; SAVIANI e SANFELICE, 2002, p.114)

O pedagogo deve possuir formação crítica para atuar na empresa em favor de ser o educador e mediador dos adultos. Possuindo uma visão holística do mundo onde suas atividades e estudos tenham foco em diversas áreas como psicologia, antropologia, história, filosofia, gestão de recursos humanos e materiais, bem como outras áreas do conhecimento pertinentes a função.

É para garantir esse desenvolvimento a partir do capital intelectual de seus empregados que as empresas investem cada vez mais em Educação Corporativa aliadas à figura do pedagogo com o propósito de pensar estrategicamente e ter habilidades para as relações humanas, desenvolvendo projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários, adequando a linguagem comercial às várias modalidades de ensino-aprendizagem de maneira satisfatória. Para isto o pedagogo contará com a Universidade Corporativa como ferramenta de aplicabilidade das ações de desenvolvimento aliadas às novas tecnologias em favor da educação.

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