domingo, 13 de junho de 2010

COMO CONDUZIR UMA ENTREVISTA DE EMPREGO

Introdução

Silveira afirma que o termo entrevista de emprego abrange diversas modalidades de entrevista em decorrência da sua finalidade que pode ser a de recrutar, selecionar, acompanhar desempenho ou avaliar desligamento. Este trabalho tem como objetivo tratar sobre a entrevista como parte fundamental no processo de admissão.

A entrevista é caracterizada pelo uso de um sistema de trocas verbais que consiste em que um dos participantes tem a função de fazer perguntas, enquanto o outro indivíduo deve aguardar o momento para colocar a sua fala assim que a pergunta ou questão estiver colocada.

Pereira e Machado (2007) enfatizam que ainda que questionários e testes não sejam utilizados, a entrevista presencial entre o candidato e os responsáveis organizacionais é indispensável. A entrevista tem como principais objetivos: informar o candidato sobre a empresa, a função de trabalho e suas características possibilitando ao candidato que forneça o Maximo de informações sobre o seu histórico profissional e as expectativas em relação ao futuro.

O candidato deve usar o momento da entrevista para defender os seus pontos de vista e expor as suas experiências. A entrevista permite ao responsável da organização se apropriar sobre algumas das características dos candidatos, sanar dúvidas e optar sobre quem preenche a vaga da maneira mais satisfatória.

A professora de Recrutamento e Seleção, Adriana Treichel e a especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Analu Lunelli destacam que o conhecimento detalhado sobre o candidato é fundamental para a organização, pois esta precisa de um profissional competente e comprometido para realizar a função desejada.

Sendo assim, a analise do curriculum vitae (CV) deve ser feita de maneira cuidadosa, para tanto, o entrevistador deve estar atento ao CV e preparar as perguntas mais adequadas para obter o Maximo de informações possíveis.

Treichel e Lunelli afirmam que uma entrevista de má qualidade gera prejuízo para a empresa, pois quando o funcionário não compreende os objetivos da organização ou não se adapta as funções, sairá da empresa e o processo terá que ser feito novamente. Sendo assim, segundo Amorim et all o entrevistador deve ser alguém que pensa objetivamente, que tem maturidade e serenidade, que não fala demais e que não tem opiniões extremistas.


COMO CONDUZIR UMA ENTREVISTA DE EMPREGO

As entrevistas podem ser de diferentes formas: entrevista face a face; entrevista de painel, entrevista em série; entrevistas de grupo; entrevistas de pressão entrevista social. Em decorrência aos objetivos da entrevista e o perfil da função, pode-se fazer uso dos diferentes métodos de condução de entrevista. Desta forma, a entrevista pode ser estruturada ou dirigida e não estruturada ou não dirigida.

Entrevista estruturada ou dirigida:

Segundo Amorim et all a entrevista estruturada ou dirigida consiste em utilizar um conjunto de perguntas padronizadas fundadas na análise do cargo que deve ser preenchido e um grupo de respostas utilizadas como comparação com as respostas dos candidatos, sugere uma base mais segura para a avaliação do candidato. Deste modo, oferece as informações necessárias para que as decisões no processo seletivo sejam tomadas. É o formato mais utilizado pelos entrevistadores. A entrevista estruturada ou dirigida pode variar em relação ao formato de perguntas.

Entrevista situacional: o candidato é exposto a uma situação hipotética onde ele deve responder o que faria naquele momento. Essas respostas são analisadas de acordo com os padrões de ação preestabelecidos pela organização.

Entrevista de descrição comportamental: o que se avalia é uma situação real pela qual o candidato já tenha vivido. O entrevistador pode perguntar ao candidato como agiu quando não conseguiu cumprir um prazo, por exemplo, e a partir da resposta avaliar o candidato.

Entrevista coletiva: neste tipo de entrevista o candidato é avaliado por uma banca composta de 3 ou 5 entrevistadores. Estes dirigem a entrevista de forma alternada e depois avaliam em grupo cada candidato, para optar pelo selecionado naquela entrevista.

Entrevista pela internet: é uma nova forma de entrevista que tem sido utilizada cada vez mais como complemento as entrevistas tradicionais. Esta entrevista é realizada na forma de questionário estruturado preliminar que consiste em selecionar o candidato que será entrevistado presencialmente. Este tipo de entrevista visa economia de tempo para a aquisição dos dados desejados do candidato.



Entrevista não dirigida ou não estruturada:

Para Amorim et all este tipo de entrevista tem como objetivo não influenciar os comentários do candidato, oferecendo ao candidato a oportunidade de conduzir o rumo entrevista. O entrevistador se utiliza de perguntas abertas que possibilitam ao candidato falar livremente, interrompendo pontualmente.

Essa liberdade dada ao candidato pode fazer emergir informações que não apareceriam através de perguntas mais estruturadas. Esse tipo de entrevista é mais utilizado em cargos de elevado nível de gerenciamento ou aconselhamento.

Pereira e Machado (2007) oferecem uma tabela sobre as vantagens e desvantagens dos diferentes métodos de entrevista.

Métodos / características / vantagens / desvantagens da Entrevista Estruturada ou Dirigida

• Diminui a variação entre as questões colocadas.
• Questões fechadas com o objetivo de obter informações sobre a amostra.
• Maior uniformidade na informação obtida.
• As questões utilizadas são escritas previamente.
• As categorias de respostas são definidas previamente.
• A avaliação durante a entrevista é menor.
• A análise de dados é mais fácil.
• Possibilita a replicação do estudo.
• A flexibilidade e espontaniedade são menores.
• Diminui ou cancela a possibilidade de aprofundar questões que não foram pensadas previamente.
• As circunstâncias e os elementos pessoais não são levados em consideração.

Métodos / características / vantagens / desvantagens da Entrevista Não Estruturada ou Não Dirigida

• O entrevistador sugere um tema.
• Desenrola-se de acordo com a conversa.
• As questões surgem do contexto imediato.
• Guião- documento escrito com a finalidade e as normas orientadoras.
• O entrevistador promove, facilita e conduz a participação do candidato.
• Tomada de consciência do sujeito.
• Possibilita ao entrevistador ter uma boa percepção das diferenças individuais e mudanças.
• As questões param ser individualizadas de acordo com a comunicação.
• Requer maior disponibilidade de tempo para conseguir informação sistemática.
• Requer muita habilidade do entrevistador.

Como realizar uma entrevista

Lunelli e Treichel afirmam que selecionar pessoas para trabalhar em uma organização é um processo complexo e longo, que necessita de planejamento e reflexão. Segundo as pesquisadoras, uma entrevista bem sucedida deve seguir as seguintes etapas: fase de preparação da entrevista; a escolha da estratégia de entrevista; formulação de perguntas; o momento da entrevista; a análise da entrevista; apresentação da proposta ao candidato selecionado; o feedback ou entrevista devolutiva para os candidatos reprovados.

Fase de preparação da entrevista

A entrevista é um método muito útil, mas deve haver uma boa preparação antes de agendá-la. A função disponível deve ser descrita, ou seja, o titulo do cargo deve estar enunciado de forma clara para que o candidato tenha uma noção geral do objetivo do cargo e das funções que deverão ser executadas. As condições do cargo devem estar explicitadas, revelando as mostrando as possibilidades de ascenção que o cargo possibilita.

O perfil do cargo deve ser discutido junto a equipe assim como a verificação da oportunidade de reavaliá-lo, verificando as atribuições e agrupando as tarefas a outro cargo. As funções devem ser especificadas, aquilo que o cargo compreende deve estar claro assim como o perfil da pessoa que deverá realizar a função. Há critérios essenciais e critérios desejáveis de acordo com a vaga a ser preenchida. A formação, a experiência profissional, conhecimentos de informática, habilidade em se expressar, habilidades de negociação e viagens, são alguns aspectos importantes a serem considerados.

Após a descrição do cargo, deve ser escolhido qual o método de seleção mais adequado. Deverá se estabelecer alguns critérios para limitar o numero de candidatos caso se opte por divulgar a vaga em jornais o texto deverá estar muito bem redigido.

A entrevista poderá ser marcada assim que o processo de seleção estiver definido, quantas entrevistas serão feitas, quem irá participar e se a entrevista será individual ou coletiva. O roteiro de entrevista, a duração e os entrevistadores também deverão ser definidos.

Assim que o calendário das entrevistas estiver definido, então, o local da entrevista poderá ser escolhido, este deve garantir que o entrevistado possa ficar confortável para responder as perguntas da melhor forma possível. O local da entrevista deve garantir privacidade e condições do candidato perceber o ambiente de trabalho da organização.

A escolha da estratégia de entrevista

Neste momento o entrevistador deverá definir qual estilo de entrevista utilizará. A entrevista poderá ter como objetivo verificar como o candidato se relaciona com questões fundamentais do trabalho ou ainda verificar informações objetivas.

O entrevistador pode começar a entrevista por meio de questões biográficas ou aspectos relevantes do currículo. De modo geral, a maior parte das entrevistas segue o seguinte roteiro:

• Uma introdução que se fala de assuntos corriqueiros.
• Perguntas com a finalidade de explorar aspectos do currículo.
• Questões relacionadas a personalidade e qualidades pessoais do entrevistado.
• A oportunidade de o candidato fazer perguntas sobre a empresa e/ou vaga oferecida.

Formulação de perguntas

As perguntas podem ser abertas ou fechadas. As perguntas devem ser formuladas com o objetivo de obter as informações fundamentais sobre o candidato de forma satisfatória e eficiente. Recomenda-se que o entrevistador comece a entrevista com perguntas fáceis para que o candidato se sinta a vontade. A lista de perguntas poderá ser alterada a cada pessoa que se entrevistar, as respostas possibilitam a introdução de novas perguntas que geram novas respostas mais completa.

Lunelli e Treichel sugerem as seguintes perguntas como as mais utilizadas pelos entrevistadores:

• Fale sobre você.
• Quais são os seus objetivos em curto prazo?
• Quais são os seus objetivos em longo prazo?
• O que você procura em um determinado emprego?
• Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
• Por que devemos contratá-lo? Como você poderá contribuir para o crescimento e desenvolvimento da empresa?
• O que você sabe sobre a nossa organização? O que te atrai nela?
• Quais são os seus pontos fortes?
• Quais são os seus pontos fracos?
• O que você não gostava no seu emprego anterior? Por qual motivo você saiu (ou quer sair) do seu emprego?
• Como você avalia a empresa que você trabalha atualmente e as que já trabalhou?
• O que você considera importante num colaborador?
• Que tipo de decisões é mais difícil para você?
• O que você sente dificuldade para realizar?
• O que você tem feito que mostra iniciativa? Quanto de iniciativa você tem? Dê exemplos?
• Com que tipo de pessoa você prefere trabalhar? Com que tipo de pessoa você encontra dificuldade em trabalhar?
• Se pudesse começar tudo de novo, o que faria diferente em sua carreira?
• Em qual tipo de ambiente de trabalho você se sente mais confortável?
• Por que você escolheu essa carreira?
• Descreva uma situação difícil que teve e o que fez para sair dela.
• Você estaria disposto a mudar de cidade, estado ou país? E trabalhar alem do horário de trabalho?
• Na prática? O que esses curós (faculdade, extensão...) contribuem para a sua formação? No que você mudou?
• O que você faz no seu tempo livre? Tem algum hobby?

O momento da entrevista

A entrevista deve ser conduzida de uma forma agradável para que não gere angustia no entrevistador e no candidato. O entrevistador deve se apresentar de forma calma e deve estar concentrado, deve se apropria do seu papel nesse momento e procurar manter o entrevistado calmo. Independente do cargo, as pessoas merecem gentileza e educação.

Enquanto o selecionador tem as suas exigências o candidato tem os seus atributos. No decorrer da entrevista o entrevistador ampliara a sua consciência em relação ao candidato e o candidato ampliara a sua consciência em relação a vaga e a organização. Desta forma, o candidato pode aceitar ou desistir da vaga.

Ao convocar o candidato o entrevistador deverá estar de posse da lista de perguntas, o currículo, papel e caneta para fazer as anotações desejadas. O entrevistador deve tomar cuidado para evitar os preconceitos e as primeiras impressões, na entrevista. O entrevistar deve apresentar o seu nome e o seu cargo, pode explicar o seu interesse pelo candidato, explicar como será feito o processo de seleção, o objetivo da entrevista e agradecer a presença do candidato.

O entrevistador deve falar de forma clara e ouvir o candidato com atenção, para tanto, o entrevistador precisará de concentração e consciência. O entrevistador pode alterar o tom de voz e a sua posição para estimular o candidato. O entrevistador deve explorar com atenção cada tópico antes de passar para o tópico seguinte, deve procurar observar as reações do candidato que podem ser de preocupação, hesitação, dúvida etc.

o entrevistador não deve usar mais que 30% do tempo para falar, também deve tomar cuidado para que o candidato não fale demais ou seja muito evasivo se desviando das questões propostas. O entrevistador deve sempre manter o controle da entrevista focando nas especificidades. Quando o candidato se apresentar com devaneios, o entrevistador deverá pedir exemplos e solicitar que ele relacione o assunto com a questão que está sendo discutida.

Quando a entrevista estiver próxima do fim, o entrevistado deverá perguntar ao candidato se este tem alguma dúvida, se deseja fazer alguma pergunta em relação a vaga, a organização ou ainda sobre o processo seletivo. Deverá verificar se obteve do candidato todas as respostas que precisava. A entrevista deve ser finalizada de forma educada e sem pressa. O entrevistador deve agradecer a presença do candidato e se despedir de forma educada. O entrevistador, ainda, deve informar ao candidato quando entrará em contato para informar sobre o resultado do processo seletivo.

Análise da entrevista

De posse dos dados obtidos durante a entrevista, o selecionador poderá fazer a seleção final, caso precise de mais informações poderá marcar uma nova entrevista ou utilizar outras fontes de seleção. O selecionador devera estabelecer uma pontuação para cada candidato com relação aos critérios estabelecidos.

Durante a entrevista, fatores como roupa e postura e são observados e interferem no processo de seleção. A decisão deve ser tomada quando após a revisão da entrevista e verificação da pontuação de cada candidato.

Lunelli e Treichel destacam alguns aspectos que são considerados pecados capitais cometidos por alguns candidatos.

• Querer dominar o entrevistador.
• Ser evasivo nas respostas.
• Se apresentar como intimo do entrevistador.
• Mentir ou ser incoerente nas respostas.
• Falar mal do ex-chefe ou da ex-empresa.
• Falar sobre dados confidenciais da ex-empresa.
• Se mostrar de forma soberba, elogiando a si próprio.
• Evitar assuntos familiares.
• Ter aparência inadequada.
• Chegar atrasado.
• Não ter autocrítica.
• Não parecer preocupado em adquirir novos conhecimentos.

Apresentação da proposta ao candidato selecionado

Ao selecionar o candidato ideal o selecionador deve fazer uma proposta oficial, programar a data em que o novo funcionário começará a trabalhar, incluí-lo em um programa de integração e incluir o novo funcionário na folha de pagamento. O entrevistador devera explicitar o cargo de forma detalhada. o entrevistador ainda deve verificar como o candidato se sentiu durante o processo de seleção e se ele mudaria algum aspecto do mesmo.

O feedback ou entrevista devolutiva para os candidatos reprovados

Ao entrar em contato com o candidato reprovado, o selecionador deverá apresentar um feedback construtivo e que possa ajudá-los em futuros processos seletivos.

Rubs (2005) afirma que o feedback é um processo em que ocorre ajuda mútua para futuras mudanças de comportamento, por meio da comunicação verbal entre pessoas, no sentido de transmitir informações sem julgamento de valor, no que se refere a como o seu desempenho afeta ou é percebido pelo outro.



Conclusão

Este trabalho permite verificar que a técnica da entrevista é muito utilizada durante o processo de seleção, entretanto, esta técnica não é tão simples. A realização de uma entrevista requer o cuidado de vários detalhes. Há a fase de preparação onde tudo é organizado. Durante a entrevista, o entrevistador deve ser atencioso e muito observador. O entrevistador deve ter muita habilidade para analisar os resultados.

A entrevista é um dos métodos utilizados para o preenchimento de determinada vaga. O selecionador ainda pode recorrer a testes psicológicos entre outros elementos para selecionar o melhor candidato. No entanto, a entrevista deverá ter um peso maior no processo de seleção.

Para uma organização, o que importa são as diferenças entre um indivíduo e outro que não se referem, somente, ao que as pessoas sabem ou realizaram, mas no seu potencial de aprendizagem e realização.

O capital intelectual de uma empresa é muito importante, pois um mau funcionário gera ônus para a empresa. O entrevistador deve se emprenhar em evitar erros e contratar o melhor funcionário possível para determinada organização.



Referências

Ações tópicas e papéis discursivos em entrevistas de emprego – Departamento de Letras, Universidade Federal de Juiz de Fora – Sonia Bittencourt Silveira

Recrutamento, seleção e integração – Instituto Politécnico de Coimbra- (Andréia Rodrigues Traquina Pereira e João Pedro Alves Machado), jun/2007

Alguns efeitos da falta de feedback nos processos de seleção para a saúde emocional dos candidatos a emprego – RUBS, Curitiba, volume 1, nº 4 pág. 17 à 23 – dezembro de 2005

Recrutamento e seleção: como fazer uma entrevista? – Curso de Especialização em Gestão Estratégica de Recursos Humanos – Instituto Catarinense de Pós Graduação – ICPG Universidade Gama Filho / SENAC. (Analu Lunelli)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Importância da Voz

Os profissionais da voz são todos os indivíduos que tem como seu instrumento de trabalho a VOZ, ou seja, dependem da voz para exercer a sua profissão.

Os chamados profissionais da voz são: Cantores, Atores, Professores, Pastores e Padres, Advogados, Juízes, Promotores, Repórteres, Radialistas, Operadores de telemarketing, Leiloeiros, Políticos, Dubladores, Vendedores, etc.

A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressão digital ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos. Ela também mostra quem nós somos, além de conseguimos nos comunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por exemplo em uma conversa ao telefone, e seremos compreendidos perfeitamente.

A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.

Nunca devemos esquecer-nos de que falamos para o outro. A comunicação, a linguagem verbal, o uso da voz, isso só tem sentido quando temos o outro e quando nos fazemos entender para este outro. A voz é um recurso importante para esse entendimento. Ela pode dizer quando estamos interessados em alguém, quando estamos cansados, quando estamos tristes, alegres, nervosos, quando acabamos de acordar, quando estamos em um ambiente ruidoso, quando estamos calmos ou quando estamos exercendo uma atividade em que a voz é o diferencial.

A voz é produzida quando o ar expiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua "boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.

Não podemos esquecer que voz é som, e som é igual a onda sonora. O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, fazem a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Aí é que a voz é ouvida.

As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em 1 segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de freqüência. Vale recordar que as pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves. Daí, inclusive, que vem a expressão "pregas vocais").

Obs.: O termo "cordas vocais" está deixando de ser usado, já que quando falamos cordas vocais pensamos que são formados por cordas, o que não é verdade. Em troca deste termo estão adotando o termo de pregas vocais, já que se assemelha mesmo a duas pregas.


A voz é produzida a partir do ar que saí dos pulmões, passa pela laringe, onde estão localizadas as pregas vocais, as mesmas no momento da expiração, aproxima-se e vibram, produzindo assim o som. Este som, que de início é baixo e fraco, será amplificado pelas cavidades de ressonância (que são a faringe, boca e nariz). Após amplificado, o som será articulado na cavidade oral , por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula.

Todos precisam ter cuidados com a voz, mas para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal. Vejamos alguns destes cuidados :



DEVE-SE BEBER, EM MÉDIA DOIS (2) LITROS DE ÁGUA POR DIA, de preferência em temperatura ambiente.



DURANTE A ATIVIDADE VOCAL, DEVE-SE BEBER ALGUNS GOLES DE ÁGUA, para umidificar a garganta. A água deve estar em temperatura ambiente, para que não ocorra o choque térmico.



EVITAR QUALQUER TIPO DE COMPETIÇÃO SONORA.



EVITAR BEBIDAS ALCOOLICAS, pois o álcool tem um efeito anestésico, assim provoca a diminuição da sensibilidade, é onde na maioria das vezes ocorre um abuso vocal, lesando as pregas vocais.



EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las



NÃO FUMAR, a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.


EVITAR O AR CONDICIONADO, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.



EVITAR O CONSUMO DE LEITE, CHOCOLATE E SEUS DERIVADOS ANTES A INTENSA ATIVIDADE VOCAL, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.



PROCURE CONSUMIR ALIMENTOS FIBROSOS, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe



PROCURE INGERIR SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS



PROCURE ESTAR VESTIDO (A) O MAIS CONFORTÁVEL POSSÍVEL, para que o seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem mau postura.



DURANTE A FONAÇÃO, MANTENHA A CABEÇA RETA, UMA POSTURA ERETA COM OS DOIS PÉS APOIADOS NO CHÃO, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor.



ARTICULAR BEM AS PALAVRAS, usando também expressões faciais para evitar o abuso vocal.



Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo


Alguns exercícios de relaxamento e aquecimento podem ser feito antes da atividade vocal como: Rotação da língua no vestíbulo da boca, Lateralidade da língua (empurrar a língua contra a bochecha), Vibrar a língua, Vibrar os lábios, Bocejar, Protusão dos lábios (fazer bico como se fosse dar um beijo), Retração dos lábios, Rodar o pescoço em todas as direções , entre tantos outros exercícios.


O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia, que é conhecida popularmente como rouquidão .

Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta.

A disfonia é divida em: Disfonias Funcionais, Disfonias Orgânico - Funcionais e Disfonias Orgânicas.





Disfonias Funcionais:

São aquelas que não apresentam nenhuma alteração visível nas pregas vocais, elas são decorrentes do mal uso ou do abuso da voz. Geralmente ocorrem em profissionais da voz que não tem nenhum tipo de orientação. Existem 3 fatores que podem vir a desencadear uma disfonia funcional:


Uso incorreto da voz :

Ocorre em pessoas, sejam profissionais da voz ou não, que utilizem a voz abundantemente durante todo dia, sem ter nenhuma noção de como usa – lá corretamente.


Inadaptações Vocais :

Não existe, no corpo humano, um aparelho que tenha por função específica a fonação, mas o que temos é uma adaptação de várias estruturas, formando assim o aparelho fonador. Quando não existe uma boa adaptação destas estruturas, ocorre o que chamamos de Inadaptações Vocais.


Alterações Psicoemocionais:

Nossas emoções influenciam e são responsáveis por mudanças na nossa voz. A voz, como já foi dito anteriormente, faz com que nos comuniquemos com outras pessoas; se temos alguma emoção muito forte (raiva, ansiedade, alegria), poderá repercutir em nossa voz, provocando uma disfonia funcional.



Disfonias Orgânico – Funcionais:

São, em geral, iniciadas com uma disfonia funcional que tem seu diagnóstico tardio, como a disfonia funcional não foi tratada, então ela evolui para uma lesão secundária nas pregas vocais.



Disfonias Orgânicos :

São aquelas que apresentam uma alteração anatômica nas pregas vocais.

Existem vários tipos de alterações anatômicas, veremos algumas:



Nódulos :

São tumores benignos nas pregas vocais, podem ter sua origem no mau uso da voz. O tratamento é feito através de fonoterapia e só em alguns casos tem que haver uma intervenção cirúrgica.



Pólipos:

São tumores benignos nas pregas vocais. O seu tratamento é cirúrgico, e seguido de fonoterapia.



Paralisia das pregas vocais:

Ocorre devido a uma lesão nervosa, podendo atingir uma prega vocal ou ambas. Isso pode acontecer por alterações cerebrais, ou alterações cardíacas, ou tumores. O tratamento é feito através de fonoterapia, e em alguns casos é necessário realizar cirurgia com o objetivo de melhorar o posicionamento das pregas vocais.



Câncer:

É um tumor maligno que localiza-se nas pregas vocais. Ocorre com maior freqüência em fumantes. O tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico.


Para maiores esclarecimentos sobre disfonia, ou caso a rouquidão permanecer mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo.


Sites de pesquisa:

http://www.hsmdiamundialdavoz.com.pt/Dia_Mundial_da_Voz/Voz_Cuidados.html

http://www.fonoaudiologia.com/trabalhos/estudantes/estudante-005.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz_humana

A Importância de Administrar o Tempo

Benjamin Franklin uma vez disse: "Você ama a sua vida? Então cuide se com seu tempo, pois ele é a matéria prima da vida". Aquelas pessoas que realizam mais em menos tempo usufruem melhor as suas vidas.

Administra-se a pessoa, não o tempo. Deve-se administrar o trabalho em função do tempo ou o tempo em função do trabalho? Primeiro necessito saber de quanto tempo disponho para depois analisar quanto trabalho posso realizar. Portanto, o trabalho é administrado em relação ao tempo. Pois o tempo é limitado, enquanto o trabalho é ilimitado.

A expressão Administração do Tempo não é exata. O certo é Administração da Pessoa para alocar estrategicamente o Tempo. O tempo é imutável. Todos os dias têm 24 horas e as coisas que temos para fazer são infinitas.

Alguns princípios fundamentais sobre a Administração do Tempo são imprescindíveis: primeiro, em uma caixa onde cabem 7 elementos é impossível colocar 10. Decorrente deste, vem o segundo princípio: Administração do Tempo tem tudo a ver com prioridades.

Temos infinitos afazeres ao longo de um ano, de um mês, de uma semana, de um dia. Porém, se identificarmos quais são prioritários, temos grandes chances de não ter feito tudo o que queríamos, mas, com certeza, fizemos aquilo que era imprescindível realizar.

O profissional da Era do Conhecimento que tem habilidade em Como Administrar o Tempo saberá distinguir - ao longo do seu ano, mês, semana e dia - o que é importante do que é urgente. Isto é, deixa de ser o profissional "bombeiro" e passa a agir estrategicamente.

Acreditamos que Administração do Tempo é uma característica importante, contudo, não pode vir isolada. É imprescindível saber motivar-se. A automotivação é a mola de maior poder de alavancagem na Era do Conhecimento.


Veja abaixo os Fundamentos Científicos, as Concepções do Tempo, os Benefícios decorrentes da Administração do Tempo e as Posturas Comuns em Relação a Administração do Tempo:

- não se administra o tempo, administra-se a pessoa;
- não podemos decidir se vamos gastar o tempo, mas apenas como vamos gastá-lo;
- 24 horas é o limite do dia - limitada é a maneira como alocamos as 24 horas;
- a escassez do tempo é um indicador:
. de excesso de objetivos:
. da ausência de prioridades ao entrar em ação;
. de hábitos fortemente dispersores de tempo.
- temos, basicamente, dois tipos de tempo:
. o não controlável, imposto pelas funções profissionais;
. o controlável, disponível e auto-administrável.

Concepções do Tempo:


- administração inteligente de nós mesmos + uso otimizado dos recursos disponíveis = Administração do Tempo;

- estar sempre atarefado é diferente de produzir muitos resultados e com qualidade;

- a pergunta não deve ser : o que vou fazer hoje? mas, como vou administrar as próximas 24 horas;

- administração de tempo e macro visão pessoal, profissional(objetivos + prioridades) necessariamente caminham juntos;

- administrar o tempo está além de atender as demandas pessoais, familiares e profissionais atuais, consiste em adquirir estrutura capaz de atender as demandas que teremos nos próximos 5 ou 10 anos;

- alocar bem o tempo está além da agenda organizada, consiste em uma revolução interna - análise e mudança de hábitos, reavaliação da autoconcepção;

- o tarefeiro "estou até o pescoço de trabalho") torna inútil o tempo usado, pois sua postura não é estratégica, nem tática e, muito menos, possui perspectiva de futuro;

- diferenciar entre tempo objetivo - aquele mensurável por instrumentos quantificadores e o tempo subjetivo - a experiência pessoal do tempo;

- administrar o tempo é manipulá-lo habilmente ao invés de ser manipulado por ele;

- a eficácia é sempre mais importante do que a eficiência quando o recurso tempo é bem alocado;

- identificação dos principais desperdiçadores de tempo, causados por hábitos pessoais, atitudes profissionais, pela estrutura da empresa ou pelo contexto cultural;

- administrar o tempo não é um fim, mas um meio imprescindível de administrar o estratégico e o tático, tanto pessoal quanto profissionalmente;

- a pressão do tempo está diretamente relacionada com três fatores: velocidade de transformação; volume de informações; inabilidade ao administrar o tempo.(Por isto é que, tendo mais tempo livre que nossos antepassados, temos forte sensação da sua escacez);

- pesquisas mostram que a principal reclamação dos profissionais é a falta de tempo = 43%, secundado pela falta de dinheiro = 27%;

- a tendência é ampliar o tempo à dimensão profissional em detrimento do tempo familiar e pessoal - principal postura desencadeadora de distress;

- temos hoje recursos que otimizam sobremaneira o tempo; porém, possuímos igualmente outros que consomem o tempo excedente;

- administrar o tempo depende essencialmente de nós mesmos e, sem sombra de dúvida, temos grande espaço para manobrar.

Benefícios decorrentes da Administração do Tempo

A essência da Administração do Tempo requer alocação estratégica dos recursos disponíveis, não propriamente economizar tempo. Administrar com habilidade o tempo é a chave mestra na alavancagem pessoal e profissional.

Enumerando os benefícios mais proeminentes, temos:

- gerais:
- identificar as principais falhas na Administração do Tempo;
- adquirir concepção sistêmica do tempo;
- alocar equilibradamente o tempo às mais diversas dimensões existenciais;
- propiciar a Administração do Tempo por prioridades;
- minimizar esforços e potencializar resultados;
- atuar predominantemente no quadrante II (ações importantes e não urgentes);
- permitir retorno de investimento da ordem de 3 para l (cada hora investida corretamente poupa-se três horas);
- diferenciar entre atingir objetivos e manter-se ocupado;
- pessoais/familiares/sociais;
- otimizar as ocupações pessoais;
- administrar o stress e minimizar a ansiedade.

- equilibrar o desenvolvimento das dimensões:
. física: prática de exercícios, caminhadas e alimentação correta; . emocional/afetivo: presença, atenção e convivência com familiares e companheiro(a); . sociais: contatos com parentes, profissionais relacionados à área de atuação e com profissionais das mais diversas áreas (networking).

- profissionais:
- alocar tempo necessário à atualizaçáo profissional;
- integrar estratégias que viabilizam vantagens competitivas no uso do tempo;
- administrar por prioridades - aumentar o tempo produtivo;
- adquirir habilidade em delegar;
- identificar a importância do tempo livre;
- permitir alocar tempo disponável proporcional ao grau de importância das decisões ou das ações;
- propiciar energia e tempo para:
. elaborar análise precisa da realidade;
. permitir antecipar-se às tendências.

Posturas Comuns em Relação a Administração do Tempo

São crenças decorridas de inúmeros procedimentos contraproducentes causados pela:

- falta de informaçães sobre estratégias de otimização do tempo;
- postura reativa mediante o caráter imperativo das múltiplas transformações.

- administrar tempo é perder tempo
. atitude de quem não tem hábito de planejamento e não conhece o poder de autoplanejar-se;
. organização é sinônimo de rotina e tédio;
. necessidade de estar sempre fazendo de uma maneira diferente as atividades - inovação pela inovação;
. acredita que enquanto planeja o quê e como fazer já poderia estar fazendo.

- autoplanejamento é fator limitador da criatividade
. confunde improvisação com criatividade;
. desconhece os benefícios da organização/sistematização das atividades;
. a administração do tempo provoca postura criativa:
. quanto melhor o planejamento mais tempo livre e maior a possibilidade de dedicar-se a assuntos novos;
. administrar o tempo é postura tática que prepara para a postura estratégica - criativa;
. planejamento pessoal e empresarial deve prever flexibilidade na execução das funções - liberdade quanto aos métodos.

- programar o tempo significa prever ocupações para todas as horas
. faz-se necessário deixar uma folga para possíveis imprevistos;
. comumente é interessante estar programando apenas as ocupações básicas: não urgentes e importantes (quadrante II) e as urgentes e importantes (quadrante I);
. as ocupações urgentes e não importantes e as não urgentes e não importantes podem ser delegadas ou encaixadas em horas menos intensas;
. programar cerca de 80% do tempo e, ao programar as 8 horas de trabalho, considerar a hora como sendo de 50 minutos.

- programar o tempo em função do trabalho
. o tempo é limitado enquanto o trabalho é ilimitado - portanto devemos programar o trabalho em função do tempo;
. estabelecer prioridades e executá-las na melhor parte do tempo disponível.

- não consigo administrar meu tempo por causa das circunstâncias
. atribuir poder às circunstâncias - perder o controle sobre o uso do tempo pessoal e profissional;
. caracteriza postura reativa, estar à mercê da vontade de terceiros;
. há muito que posso fazer para otimizar as minhas horas: estabelecer prioridades, analisar a melhor maneira de executar as tarefas, a maneira como enfoco o que tenho a fazer, etc;
. criar, paulatinamente, postura de independência e interdependência - exercitar a autonomia e a inteligência interpessoal;
. postura tradicional: pesquisas mostram que a primeira atitude é atribuir aos outros a culpa da má utilização do tempo.

- é indelicado dizer não às solicitações externas
. crença que limita o uso do tempo já programado, pois as solicitações são múltiplas - tanto pessoais quanto profissionais;
. necessidade de selecionar o que podemos atender além das nossas ocupações normais já programadas;
. estratégias para dizer não ao chefe: mostrar o quanto é importante a tarefa que ora executa; responsabilizar o solicitador pela interrupção da tarefa que faz;
. estratégias para dizer não em qualquer ocasião: fazer considerações sobre a importância relativa ao assunto em discussão; sugerir uma hora viável e de comum acordo; transferir/indicar para outra pessoa a atividade; esclarecer no ato a inviabilidade da solicitação do proponente.

- se eu otimizar meu tempo serei eficaz
. administração do tempo é um aspecto da eficácia ao agir, não o único;
. tão importante quanto executar as funções em menor tempo e com o máximo de qualidade é o que fazer com o tempo que sobrou;
. eficácia requer visão sistêmica da realidade e, administrar o tempo permite ter tempo para atuar sistemicamente.

- tarefas desagradáveis e normalmente trabalhosas, demandam mais tempo para serem resolvidas
. esta afirmação denota o hábito da procrastinação;
. sempre começar pelas atividades que requeiram mais energia e maior tempo.

Site de pesquisa:

http://www.methodus.com.br/_ambiente_aula/methodus/especiais/detalhes.asp?ID=137&ID_cat=43

Como conduzir reuniões

Quem disse que reuniões não são importantes? Claro que são, e elas devem existir, seja para definir metas e objetivos empresariais, criar sinergia em equipe, procurar “socializar” a responsabilidade das decisões, dar autonomia a alguns profissionais, incentivar um brainstorm (tempestade de idéias), alimentar informações sobre o “negócio” e até mesmo para criar assertividade nas estratégias da empresa.

Como conduzir uma reunião

Para que o condutor consiga fazer uma reunião eficiente, veja as seguintes orientações:
Estabeleça previamente os propósitos da reunião
• Para que uma reunião seja produtiva, todos participantes devem estar preparados e esclarecidos sobre o motivo da reunião, bem como sobre o que será discutido nela. Reuniões de última hora devem ser evitadas.

Convoque certo

• É importante analisar o motivo da reunião, para que se possa convocar as pessoas que realmente forem indispensáveis para tratar sobre o assunto proposto. Fazer número na sala de reunião é desperdiçar o tempo de algumas pessoas, e colaboradores em reunião não estão produzindo.
Abra a reunião explicando os propósitos
• Ao iniciar a reunião leia o objetivo e a pauta da mesma, deixando-os visíveis durante toda a reunião para que a mesma seja clara
Tenha postura
• Dessa forma evita conversas paralelas em função de seu posicionamento, observa os participantes e também referencia visualmente o objetivo escrito, quando o foco é perdido.
Utilize um relógio no centro da mesa
• Ter o controle do tempo da reunião é um desafio para os condutores da mesma, assim uma solução a isso seria um relógio grande no centro da mesa para que seja visível a todos e não apenas ao condutor. Assim, todo o grupo será conscientizado e se preocupará com o tempo. é afinal tempo é dinheiro.
Registre a memória da reunião
• Para que a conversa não se perca ou fique prolixa, registrar as principais idéias discutidas na reunião e os próximos passos pode ser uma boa saída
Avalie o processo
• Para ajudar a você a aprimorar sua técnica, faça após a reunião uma pesquisa com os participantes sobre a mesma e seu processo de condução.

Conclusão

Nestes trabalhos analisamos a importância e algumas sugestões para conduzir uma reunião com eficiência, tendo um foco e objetivo e definindo as metas, responsabilidades e decisões. A reunião também é uma forma de incentivar seus colaboradores e inserir metas.
Para que a reunião seja de proveito de todos, só devem ser convocados aqueles que estejam dentro da pauta.O tempo deve ser pré estabelecido com metas e objetivos.

Informações retiradas do site:

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/reunioes-bem-sucedidas-contribuem-para-o-sucesso-da-empresa/73/

http://economia.uol.com.br/planodecarreira/

http://www.webartigos.com/articles/6013/1/Voce-Sabe-Dirigir-Uma-Reuniao/pagina1.html

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Pedagogo na Educação Corporativa

A partir desse cenário que se justifica o surgimento da Educação Corporativa, do Pedagogo Empresarial, das Universidades Corporativas e das novas tecnologias aliadas ao conhecimento, como um meio de "qualificar" o empregado, visando atender às exigências, às especificidades de sua função e ao desenvolvimento da empresa e, conseqüentemente, ao aumento de sua competitividade, uma vez que os meios de educação convencionais não oferecem essas ferramentas.

Essas mudanças exigem dos trabalhadores demandas totalmente novas, exigindo o domínio de funções e qualificações totalmente novas.

Dessa forma, o sucesso dos negócios está diretamente relacionado à capacidade da instituição em repensar suas práticas e reformular-se para responder aos anseios e demandas do mercado globalizado. (RICARDO, 2007, p.7)

A partir desse conceito, pode-se entender as competências que são bases da capacidade de empregabilidade do individuo. Segundo Meister (1999, p.13) são elas:

1. Aprender a aprender;
2. Comunicação e colaboração;
3. Raciocínio criativo e resolução de problemas;
4. Conhecimento tecnológico;
5. Conhecimento de negócios globais;
6. Desenvolvimento de liderança;
7. Autogerenciamento da carreira.

A partir da necessidade de desenvolvimento dessas competências básicas, é que se justifica a necessidade de formular programas educacionais de qualidade, de alcance universal dentro da empresa, ou seja, que vá do aumento da produtividade do simples operário até o mais alto nível hierárquico para o desenvolvimento organizacional. Essas iniciativas são estruturadas pelo pedagogo e realizadas através das UC?s que permitem o exercício dessas ações de desenvolvimento aumentando a possibilidade da empresa em atender as demandas do mercado.
Porém, não se deve pensar em Universidade Corporativa como uma forma completa de aprendizagem, pois ela visa atender apenas às exigências de mercado, acabando por excluir uma parcela da sociedade que não se adequa a esse novo cenário de constantes mudanças em que a exigência pelo desenvolvimento de competências e qualificações torna-se cada vez maior e o conceito de empregabilidade consiste no advento do maior número de capital cultural institucionalizado "sob forma de ações provisórias, reconhecíveis, mensuráveis e, por isso, certificáveis". (LOMBARDI; SAVIANI e SANFELICE, 2002, p.114)

O pedagogo deve possuir formação crítica para atuar na empresa em favor de ser o educador e mediador dos adultos. Possuindo uma visão holística do mundo onde suas atividades e estudos tenham foco em diversas áreas como psicologia, antropologia, história, filosofia, gestão de recursos humanos e materiais, bem como outras áreas do conhecimento pertinentes a função.

É para garantir esse desenvolvimento a partir do capital intelectual de seus empregados que as empresas investem cada vez mais em Educação Corporativa aliadas à figura do pedagogo com o propósito de pensar estrategicamente e ter habilidades para as relações humanas, desenvolvendo projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários, adequando a linguagem comercial às várias modalidades de ensino-aprendizagem de maneira satisfatória. Para isto o pedagogo contará com a Universidade Corporativa como ferramenta de aplicabilidade das ações de desenvolvimento aliadas às novas tecnologias em favor da educação.

Universidade Corporativa

Para Eboli (2004, p.48) define-se Universidade Corporativa como um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de pessoas por competências.
Teixeira (2001, p.33) vê a Universidade Corporativa como um grupo que oferece a seus funcionários, clientes e fornecedores um ambiente moderno, sistemático e agilizador de seus esforços de aprendizagem e desenvolvimento.
Alpersdt (2007) explica que, na expressão "universidade corporativa", o uso do termo "corporativo" significa que a universidade é vinculada a uma corporação e que serviços educacionais não constituem seu principal objetivo. Já o termo "universidade" não deve ser entendido dentro do contexto do sistema de ensino superior, no qual designa a educação de estudantes e o desenvolvimento de pesquisa em várias áreas do conhecimento, uma vez que "universidade corporativa" oferece instrução específica, sempre relacionada à área de negócio da própria organização.
De acordo com essas definições, pode-se dizer que Universidade Corporativa é uma organização que tem por finalidade principal desenvolver, armazenar e transmitir, através de diferentes modalidades de aprendizagem, o conhecimento necessário e específico de cada função para o constante sucesso das organizações, procurando diversos meios de desenvolver e estimular as qualificações competências, habilidades e atitudes individuais e grupal. Para tal, é necessário o apoio de algumas instituições especializadas em aprendizagem, como profissionais de treinamentos, pedagogos, consultores e instituições de ensino superior.
Deste modo, a Universidade Corporativa constitui-se como um verdadeiro laboratório de aprendizagem, no qual deverá haver investimento maciço nas várias metodologias de aprendizagem, como aulas presenciais e semi-presenciais com o máximo de aproveitamento dos meios tecnológicos, como aplicação de cursos à distância (seja por TV Educativa, teleconferências, sala de aula virtual e outras tecnologias), ou seja, deverá otimizar ao máximo os recursos tecnológicos para que se cumpra de maneira efetiva os objetivos das diversas modalidades de aprendizagem onde o pedagogo aplica e direciona as ações de desenvolvimento voltadas para os empregados da empresa.
A universidade corporativa se diferencia de um simples treinamento interno por possuir múltiplas escolhas em cursos e em programas para funcionários e colaboradores, dentre eles: workshops, programas de imersão, palestras, cursos em várias modalidades, projetos sociais, entre outros.
Essa ênfase que se tem dado à educação para o trabalho remete a uma nova visão e a um novo padrão de relação trabalho/educação no atual modelo econômico de produção capitalista neoliberal. Neste caso, o papel que concerne à escola e às demais instâncias de formação do trabalhador é o de fomentar, da forma mais eficiente possível, os mecanismos que possibilitem a inserção e a permanência no mundo do trabalho, numa perspectiva que nega a autonomia e produz a adaptação. (RAMOS, 2001)